Análise da obra "O príncipe" de Maquiavel.
fazer um estudo de uma grande obra filosófica como O príncipe é de fundamental importância fazer a seguinte pergunta. Qual o objetivo do autor ao escrever sua obra? No nosso caso em específico poderíamos fazer a seguinte pergunta: Qual o objetivo de Maquiavel ao escrever sua obra intitulada “O Príncipe”?. Para darmos essa resposta torna-se necessário remetermo-nos ao contexto histórico em que Maquiavel viveu e sabermos um pouco a respeito de sua vida.
Filho típico de sua terra, a querida Florença inserida na Itália ebuliente de vida, mas dispersa e humilhada, Maquiavel viveu entre os anos de 1469 e 1527. Maquiavel, pensador político, conseguiu como ninguém, ir além das fronteiras do seu espaço e do seu tempo, buscando na história o fundamento para suas concepções.
O mais alto funcionário, desde 1498, da segunda chancelaria de Florença, um dos dois órgãos máximos da administração republicana instaurada quatro anos antes, Maquiavel era, então, o que chamaríamos de burocrata de primeiro escalão. Seu titulo, Secretário, o que detem e manipula os segredos do estado, bem traduz sua função e a medida do seu prestígio que o tecnocrata de hoje ainda encontra na posse e no uso da centelha do poder: a informação.
Dotado de inteligência lúcida e percuciente, passaria, após perder aquelas funções executivas por força da queda, em 1512, do governo republicano a que havia servido com tanto zelo, entusiasmo e imaginação, a ser um dos raros autores a construir sua teoria política a partir da combinação de experiência concreta no trato da coisa política com a observação aguda do processo político.
Maquiavel e o Renascimento
Reflete o ethos do Renascimento em três de suas características essenciais: ao acentuar, e mesmo exagerar, o papel dos líderes, traduz o relevo particular que a época empresta ao indivíduo ao preocupar-se com a ação, inspira-se no espírito renascentista voltado para o dinamismo, em contraste com o espírito da idade média, no qual o imobilismo do espaço se sobrepunha ao ritmo do tempo, e, ao retornar aos antigos, para sorver-lhes a sabedoria, enquadra-se na atitude que deu a Renascença o seu próprio nome, sobretudo a partir das interpretações de Michelet e Burckhardt; a redescoberta da Antiguidade como mito do presente e programa para o futuro. Esse caráter exemplar da antiguidade decorria para Maquiavel, da crença na constância da natureza do homem e da admiração pelas virtudes da Roma republicana que, por força de sua visão cíclica da história, esperava ver renascer.
Enquanto países como França, Inglaterra, Espanha e Portugal estavam consolidando seus estados nacionais a Alemanha e a Itália encontram-se fragmentadas em vários estados, sujeitos a conflitos internos e podendo ser invadido a qualquer momento pelos paises visinhos. No caso da Itália a ausência de unificação a expõe a ganância de paises como a Espanha e a França, que reivindicam territórios e invadem constantemente a península itálica. É nessa Itália dividida (principados e repúblicas) e ameaçada que viveu Maquiavel.
Agora podemos responder a pergunta feita no início do texto: Qual o objetivo de Maquiavel ao escrever sua obra intitulada “O Príncipe”?.
Maquiavel ao perceber a instabilidade política da Itália (fragmentação dos estados e constantes invasões) resolveu escrever ao príncipe de Florença Lourenço de Médici e para quem mais tivesse interessado uma obra que retratasse exatamente o que um príncipe teria que fazer para chegar ao poder, como mantê-lo e porque se perde, ajudando, assim, a Itália a encontrar sua estabilidade política.
Serão analisados agora os principais pontos do pensamento de Maquiavel.
• Realismo e história.
O pensamento político de Maquiavel é considerado realista por se ater á verdade efetiva dos acontecimentos históricos, ou seja, de como as coisas realmente tem que ser ou pra ser mais exato de como um governante deve agir efetivamente, ao contrário de outra tendência da época que concebiam modelos de sociedades perfeitas somente através da imaginação é o caso de Tomas Hobbes com sua obra a Utopia.
Em sua obra em sua obra Maquiavel faz a seguinte afirmação: “minha intenção é escrever algo útil para quem estiver interessado, então, pareceu-me apropriado abordar a verdade efetiva das coisas e não imaginá-las. Muitos já conceberam repúblicas e monarquias jamais vistas, e de cuja existência real nunca se soube. De fato, o modo como vivemos é tão diferente daquele como deveríamos viver, que quem se despreza o que se faz e se atem ao que deveria ser feito aprenderá a maneira de se arruinar, e não a se defender”.
Mas onde Maquiavel vai buscar os exemplos para dar fundamento aos seus argumentos? Segundo ele, no estudo objetivo da história, é nos acontecimentos históricos que os governantes devem se espelhar, para assim, absorver o que é útil e descartar o que é inútil, retirando, assim, dos acontecimentos históricos, as regras para a conduta política. Isso tudo só é possível segundo um outro pensamento de Maquiavel que é a idéia de história cíclica, na qual, ele acreditava, assim acontecimentos do passado tendem a se repetirem no presente, então o governante possui aí um papel de extrema importância como mediador entre a força dos acontecimentos e a melhor forma de agir levando-se sempre em consideração a necessidade que as circunstâncias lhe apresentam. O governante que deseja engajar na vida política deve tomar como exemplo os homens mais celebres da história, deve fazer um estudo do apogeu e queda dos Estados antigos, pois pode aplicar soluções semelhantes a problemas semelhantes, não saindo da esfera da história buscando os fundamentos da política na própria política.
“Que não cause espanto o fato de que, ao falar de novas conquistas, tanto com respeito ao príncipe como em relação ao estado, tenha lançado mão de tantos exemplos: na verdade, os homens seguem caminhos quase sempre percorridos por outrem, agindo por imitação... o homem prudente sempre escolhera o caminho trilhado pelos grandes vultos, selecionando os mais destacados de modo que mesmo sem atingir sua grandeza se beneficiará de algum modo com algum de seus reflexos”.
• Virtú e a arte de bem governar.
Para Maquiavel o pré-requisito indispensável para quem aspira o poder é o que ele chama de Virtú. Virtú é a qualidade sem a qual o governante não pode obter sucesso na arte de bem governar, é a capacidade que o homem tem de realizar grandes feitos, é a sabedoria e a astúcia para tomar decisões de acordo com o que à necessidade exigir. Na arte de bem governar é necessário prescindir a moral vigente, pois a moral e a religião podem ser obstáculos no caminho do príncipe que tem que enfrentar o jogo da política e da história. Dessa forma os conceitos de bem e mal não se aplicam ao príncipe. Se uma ação tida como imoral resultar em algum beneficio para o estado ou for útil para a ordem, o príncipe não deve hesitar em praticá-la. Sendo assim a moral é apropriada ao homem do povo, pois o príncipe deve zelar pela ordem e se para isso for necessário transgredir a moral, sob o ponto de vista político o príncipe estará praticando o bem, por tanto o homem que possui a virtú deve estar preparado para agir de acordo com a necessidade das circunstâncias, dessa maneira o que é certo é aquilo que favorece o estado e não os interesses particulares do príncipe. Contudo até a moral cristã é aceitável desde que não entre em conflito com os fins do estado. Maquiavel afirma que alguns podem chegar ao poder contando apenas com a sorte , mas somente possuindo uma grande virtude conseguem se manter. Por isso é necessário construir bases sólidas para o poder, pois, “aqueles que se tornam príncipes pelo seu valor conquistam domínios com dificuldade, mas os mantém facilmente”. Por tanto a virtú é essencial para o sucesso na política, pois mesmo que a oportunidade apareça com facilidade não será possível se manter no poder sem as qualidades que um príncipe deve ter.
• Natureza humana.
Um outro tópico que deve ser observado na obra de Maquiavel é a maneira como o homem é concebido por ele. O homem é visto como um ser traiçoeiro, ambicioso e egoísta. O príncipe deve sempre se precaver com relação a seus súditos, pois se não houver leis rígidas certamente irão traí-lo. Pelo fato dos homens serem traiçoeiros o governante deve sempre estar preparado para as possíveis traições. Maquiavel afirma que “entre ser temido e amado é preferível ser temido, pois os homens amam segundo seu próprio arbítrio mais temem segundo as vontades do príncipe, por isso um príncipe sábio deve apoiar-se nos meios ao seu alcance e não no que depende da vontade do outro”. Frisando que apesar de, se necessário, o príncipe ser temido ele deve evitar ao máximo ser odiado, pois o povo pode se unir contra o príncipe. Não convém ser sempre bom entre pessoas que estão sempre prontas para fazer o mal, a atitude do governante deve se adequar à natureza humana. Segundo Maquiavel se for necessário ser cruel o príncipe deve aplicar sua crueldade de uma só vez, pois assim, será esquecido mais facilmente e se for preciso praticar o bem faça bem devagar, para todos saberem que você está fazendo.
• Virtú, fortuna e força.
Como já foi dito a virtú é um pré-requisito para se obter êxito na vida política, com tudo às vezes somente a virtú não é suficiente para se alcançar o poder. É preciso uma oportunidade que é determinada pelo fluxo da história na qual Maquiavel chama de fortuna. Os homens que possuem realmente a virtú são capazes de enxergar a fortuna e aproveitam à oportunidade para agirem da maneira mais adequada. Os exemplos que a história nos oferece são inúmeros “e examinando sua vida e seus feitos, veremos que nada deveram à sorte, a não ser oportunidade, matéria que moldaram de forma própria. Sem essa oportunidade, seus valores não teriam sido aproveitados; sem estes, a oportunidade teria sido vã”. Maquiavel cita o exemplo de César Borgia que construiu bases sólidas para seu governo, contudo a fortuna não lhe foi favorável. Entretanto, além de possuir a virtú e enxergar a fortuna o governante quando preciso deve se valer da força. O governante deve possuir sua própria força, pois quando dependem dos próprios meios apenas, conseguem imporem-se, com isso raras vezes falham. Daí a razão por que todos os profetas armados vencem. Ao se estabelecer uma nova ordem de coisas é necessário o uso da força, do contrário essa nova ordem pode perde-se inteiramente. Por isso é conveniente ordenar tudo de maneira que quando o povo não acreditar possa se utilizar da força. Por esse motivo Maquiavel insiste ao longo da obra em afirmar que é conveniente possuir um exército, pois o exército nacional é fiel ao seu país e o seu soberano.
• Dissimulação.
O príncipe deve agir segundo a necessidade o exigir, abrindo mão de todos os escrúpulos para atingir o fim almejado, que é manter a ordem e a união do estado. E quando preciso deve acautelar-se, aparentando todas as qualidades que um homem bom tem. Deve aparentar ser misericordioso, leal, humanitário, sincero e religioso, porém se for necessário deve prescindir de todas essas qualidades, pois “a experiência dos nossos dias mostra que o príncipe que tiver pouco respeito pela palavra dada pode com astúcia confundir a cabeça dos homens e chegaram a superar os que basearam sua conduta na lealdade”. Maquiavel afirma que o soberano deve se assemelhar á raposa e o leão, onde o leão representa à força e a raposa a sagacidade do príncipe. É necessário saber disfarçar essa natureza ardil e sagas através de uma perfeita dissimulação, por que segundo Maquiavel “os homens são tão poucos argutos, e se inclinam de tal modo às necessidades imediatas, que quem quiser enganá-los encontrará sempre quem se deixe enganar”. O governante deve, ao falar, dar aparência de religiosidade, os homens julgam mais pelo que vêem, mas não são capazes de sentir, “todos vêem nossa aparência, poucos sentem o que realmente somos, e estes poucos não ousaram opor-se á maioria que tenha a majestade do estado a defendê-la”. O governante não pode ser censurado por não praticar a virtude pois para alcançar seus objetivos pode se valer de todos os meios necessários. Só é conveniente agir com boa fé se isso não entrar em conflito com os interesses do estado, pois não faltarão razões convincentes para mascarar o não cumprimento das promessas.
Dicionário Filosófico
Dicionário Filosófico
O Príncipe
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Príncipe (em italiano, Il Principe) é um livro escrito por Nicolau Maquiavel em 1513, cuja primeira edição foi publicada postumamente, em 1532. Trata-se de um dos tratados políticos mais fundamentais elaborados pelo pensamento humano, e que tem papel crucial na construção do conceito de Estado como modernamente conhecemos. No mesmo estilo do Institutio Principis Christiani de Erasmo de Roterdã: descreve as maneiras de conduzir-se nos negócios públicos internos e externos, e fundamentalmente, como conquistar e manter umprincipado.
Maquiavel deixa de lado o tema da República que será mais bem discutido nos Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio. Em vista da situação política italiana no período renascentista, existem teorias [carece de fontes] de que o escritor, tido como republicano, tenha apontado o principado como solução intermediária para unificar a Itália, após o que seria possível a forma republicana.
O tratado político possui 26 capítulos, além de uma dedicatória a Lorenzo II de Médici (1492–1519), Duque de Urbino. Mediante conselhos, sugestões e ponderações realizadas a partir de acontecimentos anteriores na esfera política das principais localidades de então, o livro pretendia ser uma forma de ganhar confiança do duque, que lhe concederia algum cargo [carece de fontes]. No entanto, Maquiavel não alcançou suas ambições.
É este livro que sugere a famosa expressão os fins justificam os meios, significando que não importa o que o governante faça em seus domínios, desde que seja para manter-se como autoridade, entretanto a expressão não se encontra no texto, mas tornou-se uma interpretação tradicional do pensamento maquiavélico. Alguns cursos deadministração de empresas fazem leituras aparentemente deturpadas de tal obra, afirmando que, se uma empresa for gerida considerando as metódicas análises do autor, essa conseguiria prosperar no mercado.
Nesta obra, Maquiavel defende a centralização do poder político e não propriamente o absolutismo (como muitos pensam [carece de fontes]). Suas considerações e recomendações aos governantes sobre a melhor maneira de administrar o governo caracterizam a obra como uma teoria do Estado moderno.
Uma leitura apressada ou enviesada de Maquiavel pode levar-nos a entendê-lo como um defensor da falta de ética na política, em que "os fins justificam os meios". Para entender sua teoria é necessário colocá-lo no contexto da Itália renascentista, em que se lutava contra os particularismos locais. Durante oséculo XVI, a península Itálica estava dividida em diversos pequenos Estados, entre repúblicas, reinos, ducados, além dos Estados da Igreja. As disputas de poder entre esses territórios era constante, a ponto de os governantes contratarem os serviços do condottieri (mercenários) com o intuito de obter conquistas territoriais. A obra de Maquiavel revela a consciência diante do perigo da divisão política da península em vários estados, que estariam expostos, à mercê das grandes potências européias.
Capítulos do livro
- De quantas espécies são os principados e como são adquiridos
- Os principados hereditários
- Os principados mistos
- A razão pela qual o reino de Dario, ocupado por Alexandre, não se rebelou contra seus sucessores após a morte deste
- De que modo devem-se governar as cidades ou os principados que, antes da conquista, possuíam leis próprias
- Os principados conquistados com as próprias armas e qualidades pessoais
- Os principados novos conquistados com as armas e virtudes de outrem
- Dos que conquistaram o principado com malvadez
- O principado civil
- Como medir as forças de todos os principados
- Os principados eclesiásticos
- Os tipos de milícias e os soldados mercenários
- Os exércitos auxiliares, mistos e próprios
- Os deveres do príncipe com suas tropas
- As qualidades pelas quais os homens, sobretudo os príncipes, são louvados ou vituperados
- A generosidade e a parcimônia
- A crueldade e a clemência: se é melhor ser amado do que temido, ou o contrário
- Os príncipes e a palavra dada
- Como evitar o desprezo e o ódio
- Se as fortalezas e muitas outras coisas cotidianas usadas pelos príncipes sejam úteis ou inúteis
- Como um príncipe deve agir para ser estimado
- Dos secretários que acompanham o príncipe
- Como evitar os aduladores
- Porque os príncipes da Itália perderam seus Estados.
- Quanto pode a fortuna influenciar as coisas humanas e como se pode resistir a ela.
- Exortação para retomar a Itália e libertá-la dos bárbaros
Síntese
Maquiavel começa o livro com uma dedicatória ao "magnífico Lourenço de Médici", oferecendo-lhe o livro e as faculdades de sabedoria que, a Maquiavel, venho a conhecer em anos e com incômodos perigos. Originalmente Maquiavel intencionava dedicar o livro a Giuliano de Medici, filho de Lorenzo I de Medici, o Magnificiente e duque de Nemours, que morreu em 1516 (conforme carta de Maquiavel ao amigo Francesco Vettori, de 10 de dezembro de 1513).
Do capítulo 1 ao 14, descreve as formas de poder e os dois principais tipos de governo: as monarquias e as repúblicas.
No capítulo 15, Maquiavel escreve sobre como um príncipe deve proceder ante seus súditos e amigos, explicando que para manter-se adorado é necessário que o líder saiba utilizar os vícios e das virtudes necessárias, fazendo o que for possível para garantir a segurança e o bem-estar.
No capítulo 16 é explicado ao príncipe como cuidar de suas finanças, para não ser visto como gastador, e levar o povo à pobreza, cobrando muitos impostos para manter-se rico. O autor diz que o melhor é ser visto como miserável, pois com este julgamento ele poderá ser generoso quando bem entender, e o povo irá se acostumar com isso. Os príncipes que vão junto ao exército atacar e saquear outras cidades devem ser generosos com seus soldados, para que esses continuem sendo fiéis e motivados.
No capítulo 17, defende que é melhor um príncipe ser temido do que amado, mostrando que as amizades feitas quando se está bem, nada dura quando se faz necessário, sendo que o temor de uma punição faz os homens pensarem duas vezes antes de trair seus líderes. Diz também que a morte de um bandido apenas faz mal a ele mesmo, enquanto a sua prisão ou o seu perdão faz mal a toda a comunidade. O líder deve ser cruel quanto as penas com as pessoas, mas nunca no caráter material "as pessoas esquecem mais facilmente a morte do pai, do que a perda da herança".
No capítulo 18, Maquiavel argumenta que o governante deve ser dissimulado quando é necessário, porém nunca deixando transparecer sua dissimulação. Não é necessário, a um príncipe, possuir todas as qualidades, mas é preciso parecer ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso já que às vezes é necessário agir em contrário a essas virtudes, porém é necessário que esteja disposto a modelar-se de acordo com o tempo e a necessidade.
No capítulo 19, o autor defende que o príncipe faça coisas para não ser odiado, como não confiscar propriedades, não demonstrar avidez ou desinteresse.
Do capítulo 20 ao 23, explica como o líder deve controlar e o que deve fazer para manter seu povo feliz, mantendo distância dos bajuladores, e controlando seus secretários.
No capítulo 24 explica porque os príncipes italianos perderam seus Estados e como fazer para que isso não aconteça. Quando se é atacado, deve-se estar preparado para defender e nunca se deve "cair apenas por acreditar encontrar quem te levante" já que isso só irá acontecer se os invasores forem falhos.
Nos últimos capítulos explica como tomar a Itália e como se manter na linha entre a fortuna e Deus dizendo que os líderes devem adaptar-se ao tempo em que vivem, para manter-se no poder por mais tempo.
O livro retrata a experiência de Maquiavel em analisar as estruturas de um governo, oferecendo ao Príncipe Lorenzo de Médici uma forma de manter-se permanentemente no poder, sem ser odiado por seu povo.
Modelos de governo
- Pura: Governar para o bem geral;
- Impura: Governar para o bem individual ou um grupo;
Formas | Pura | Impura |
---|---|---|
Um | Monarquia | Tirania |
Poucos | Aristocracia | Oligarquia |
Vários | Democracia | Politeia |
A tabela acima refere-se a uma definição criada por Aristóteles, levando em consideração o critério qualitativo, e não quantitativo, como fez Heródoto
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